Que o Pará é um dos destinos cada vez mais queridinhos para visitar, não é novidade. O Estado é cheio de atrativos culturais e naturais, o que atrai inúmeros turistas em busca dessa experiência de viagem. A capital, Belém, é um portão de entrada, mas é no interior que estão algumas cidades interessantes para conhecer. E Santarém, por ter um aeroporto com voos nacionais é o nosso primeiro destino dessa lista:
1 – Santarém, a Pérola do Tapajós
Localizada à beira do encontro dos rios Amazonas e Tapajós, Santarém tem status de capital do Oeste do Pará. É o porto mais movimentado da região, com transporte de passageiros e cargas, entreposto comercial estratégico e cidade com rica cultura e centenas de atrativos turísticos naturais. Para os viajantes, o desembarque é no Aeroporto Maestro Wilson Fonseca!
Conhecida popularmente como a “Pérola do Tapajós” essa terra recebe os visitantes com simpatia. É impossível não se encantar com o pôr do sol na orla, as praias de areia branca, como Alter do Chão e Ponta de Pedras, além das possibilidades de trilhas e passeios de barcos ou canoas pelos igapós da região. Entre os destaques de passeios urbanos está a visita à Cachoeira Rocha Negra, no bairro Cambuquira e a Serra do Saubal, na Nova República.
Fundada por portugueses, a cidade guarda ainda as construções que resistiram ao tempo e podem ser admiradas, como a imponente Catedral de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1754. No centro são dezenas de prédios com igual valor histórico e que retratam uma riqueza arquitetônica no coração da Amazônia. Destaque para o Solar do Barão de Santarém, Sobrado do Sol e o Solar dos Brancos.
E não deixem de visitar os restaurantes, são diversas opções, para todos os gostos e bolsos. Alguns premiados nacionalmente e com gastronomia rica nos temperos regionais, com o peixe sendo o prato principal.
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2 – Belterra, a cidade de Henry Ford na Amazônia
Distante cerca de 50 km de Santarém, Belterra tem fácil acesso pela BR-163. A cidade guarda o legado de um dos momentos históricos mais importantes da Amazônia: a Era da Borracha. Foi nesta região de planalto, próximo ao Rio Tapajós, que a empresa americana Ford Motor Company criou o segundo projeto para plantio e exploração de seringueiras. O primeiro, denominado Fordlândia, construído para atender os interesses dos americanos em quebrar o cartel inglês da borracha, havia sido um fracasso, pois não considerou problemas no terreno e a dinâmica do rio, que no verão seca consideravelmente, impedindo a navegação e o escoamento da produção.
Belterra é Patrimônio Nacional, reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Fica ao lado da Floresta Nacional do Tapajós (Flona) e de uma dezena de praias às margens do Rio Tapajós, como Pindobal, Iruçanga, Porto Novo, Aramanaí, Maguari e São Domingos.
Além de guardar as casas praticamente intactas no estilo americano, com direito a hidrante na rua e tudo! E duas caixas d’água metálicas de 186.500 litros cada que foram instaladas na cidade: uma na Estrada Um e outra na Estrada Sete, com rede de distribuição doméstica e hidrantes para prevenção de possíveis incêndios na plantação.
E não posso esquecer, ecoturismo é vocação natural em Belterra, que tal conhecer esse igarapé de água cristalina?
3 – Óbidos, terra de Cultura
Óbidos é charmosa! A cidade mais portuguesa da Amazônia, com rico patrimônio histórico e arquitetônico presente nas ruas com ladeiras. E está entre “As 26 pequenas cidades mais encantadoras do Brasil”, de acordo com uma lista, escrita pela jornalista Mariana Felipe, da Revista Bula. A seleção é resultado de uma enquete entre os leitores, considerando municípios com menos de 50 mil habitantes.
Mas o que agita esse lugar é a folia de carnaval, com o Carnapauxis. A festa popular tem resquícios do Entrudo, de Portugal (, uma longa tradição com raízes seculares, misturada com a história da colonização na Amazônia. O evento enquanto programação oficial atualmente reúne os blocos: Bloco Mirim, Unidos do Umarizal, Bloco Unidos da Serra da Escama, Bloco Águia Negra, Bloco Xupa Osso, Bloco Unidos do Morro e Bloco das Virgens e por último oficializado em 2015 Bloco Vai Ou Raxa. Cada um com seu traço característico que o diferencia dos outros, mas que conserva a linha do tradicional. Destes, o Mascarado Fobó (personagem popular da festa) está presente quase que unicamente no Bloco Unidos do Morro.
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Homônima de uma cidade lusitana que fica distante cerca de 95 km de Lisboa, a nossa Óbidos tem semelhanças icônicas, como as muitas ladeiras e ruas estreitas, cercadas por casas em estilo colonial. Muitas, ainda habitadas por famílias tradicionais. E o turismo encontra força em lugares, como a Fortaleza Pauxis, a Igreja Matriz de Sant’Anna, o Quartel, Mercado Municipal, etc.
4 – Oriximiná, A Princesa do Trombetas
Em Oriximiná, as belezas naturais estão por todos os lados. Banhada pelo Rio Trombetas, a cidade recebe o título popular de “Princesa”. Em agosto, acontece o maior círio fluvial noturno do mundo, nas festividades do padroeiro da cidade, Santo Antônio.
O município ainda guarda as histórias dos negros que fugiram da escravidão e formaram inúmeros quilombos no alto Rio Trombetas. Essa região possui as primeiras terras quilombolas tituladas do Brasil. A presença de etnias indígenas também é forte no município, com duas terras no município: o Parque Indígena Mapuera (na divisa com o Estado do Amazonas, entre os rios Mapuera e Nhamundá) e a Reserva Florestal e Parque Indígena de Tumucumaque (na fronteira com o Suriname e o Amapá).
A cidade também tem belíssimas praias de rio, cachoeiras (Foto destaque: Silvio Júnior), igarapés e passeios náuticos que envolvem pesca esportiva, por exemplo. Vale a pena conhecer!
5 – Monte Alegre, aventura e pinturas rupestres
Monte Alegre fica pertinho de Santarém, basta atravessar de balsa e seguir cerca de 86 km pela PA-255 (toda asfaltada). E lá, existem opções de trilhas para explorar, tanto de carro, como de moto. O solo dessa região tem lama, areia e pedras, propício para quem gosta de uma experiência off road.
Há quem pense que a história da Amazônia se conta após a chegada dos portugueses, mas em Monte Alegre, essa teoria cai por água abaixo. No município, as pinturas rupestres datam de 12 mil anos atrás, um sítio arqueológico denominado Parque Estadual Monte Alegre (Pema), que possui uma área aproximada de 20.400 km2. Um atrativo turístico com valor científico sem precedentes!
Bem na frente do Centro de Visitação está a Serra da Lua, com seu impressionante paredão de pedras. Para a sorte dos visitantes, no processo de musealização realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), foi instalado na trilha um corrimão que ajuda e muito na subida até as pinturas rupestres.
Como visitar as cidades?
A partir de Santarém, o visitante chega em Belterra de ônibus, carro e passeios de barco ou lancha. Para Óbidos e Oriximiná através de embarcações que realizam o transporte diariamente, com passagens disponíveis para compra na plataforma YJara Viagens. Monte Alegre por ser visitada também via barco ou pegando uma balsa para o Porto de Santana do Tapará, a partir do Porto do DER, em Santarém.
YJara Viagens
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Camila Navegação – Balsa Santarém-Santana do Tapará
Telefone: (93) 3522-1794
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