Morei cinco anos no Rio de Janeiro. Nesse tempo, entre idas e vindas da Barra da Tijuca foram inúmeras as vezes que observei o imponente Hotel Nacional, em São Conrado. O edifício de estrutura cilíndrica, inaugurado em 1972, estava abandonado na época, mas as linhas da arquitetura marcante de Oscar Niemeyer lembravam que mesmo naquele estado, continuava sendo uma verdadeira obra de arte.

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O Gran Meliá Nacional Rio tem estrutura cilíndrica projetada por Oscar Niemeyer (Foto: Divulgação)

O tempo passou. E após anos de reforma, em 16 de dezembro de 2016, o agora Gran Meliá Nacional Rio reabriu as portas. Declarado Patrimônio Histórico e Artístico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o hotel retomou as atividades com a mesma sofisticação dos tempos de outrora. São 413 quartos com uma vista 360º da cidade, algo que realmente impressiona. Afinal, de qualquer ângulo, tudo é inspirador! O terraço tem vista privilegiada e ainda ganhará um restaurante e um bar. Na cobertura, o heliporto está sendo finalizado para receber hóspedes. Já pensou chegar de helicóptero?

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O lustre de papel machê, original da década de 1970, permanece no lobby do hotel (Foto: Divulgação)

Ao entrar no lobby você já nota a grandiosidade. O salão é imenso, impecavelmente decorado. Uma taça de champanhe é servida para dar boas vindas. E bem ao lado da rampa de acesso um lustre chama atenção. No formato de escamas de peixe e confeccionado em papel machê é uma das obras originais da década de 1970 de autoria do artista Pedro Corrêa de Araújo Filho. Foi restaurado e compõe harmonicamente com o piso cor areia, planejado por Niemeyer. Outro detalhe, todo este espaço da recepção era aberto, na reforma, foi fechado e climatizado, uma iniciativa louvável para os dias de verão!

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Painel de Carybé, uma das inúmeras obras de arte do Gran Meliá Nacional Rio (Foto: Divulgação)

Os dias que passei no hotel foram incríveis. Uma experiência realmente inesquecível! Fui recebido carinhosamente pelos colaboradores que são de uma gentileza ímpar, em todos os setores. O meu quarto, o 1808, tinha vista para as montanhas, a Avenida Niemeyer e claro, o mar. Uma paisagem que rendeu muitas fotos e vários vídeos. As acomodações são luxuosas, decoradas com requinte e confortáveis. E ao abrir a cortina, você se surpreende.

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E por falar em paisagem, os dias no Gran Meliá Nacional Rio pedem um bom mergulho na piscina. E que piscina! Revestida de mármore e em sintonia com o mar que fica do outro lado da rua, é uma das atrações imperdíveis. Bem ao lado, como se tivesse acabado de sair da água está a icônica escultura “Sereia”, de Alfredo Ceschiatti. A obra se tornou um símbolo do hotel e também passou por um rigoroso processo de restauração. Também destaco o painel de Carybé, uma obra para ser apreciada em detalhes.

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Escultura “Sereia” de Alfredo Ceschiatti e ao fundo a piscina de mármore (Foto: Divulgação)

O jardim é uma atração à parte. Projetado simplesmente pelo paisagista Roberto Burle Marx é ideal para os dias de sol e para quem deseja relaxar em pequenos bangalôs, estrategicamente posicionados. Um verdadeiro oásis!

Tudo no Gran Meliá Nacional Rio é detalhadamente pensado para o hóspede. Das acomodações luxuosas até o conforto das cadeiras da piscina. O café da manhã é cinco estrelas. E gastronomia também é o forte do Restaurante Sereia de cozinha mediterrânea e os bares: Amaro e Bardot. E se quiser relaxar ainda mais visite o Spa Clarins.

E se você acha que é tudo, aguarde 2018. É quando o hotel ganhará o salão de convecções. Local que deverá abrigar grandes eventos no Rio, com o chame único de São Conrado.

O Gran Meliá Nacional Rio conseguiu agregar o luxo à praia, num clima descontraído que só carioca sabe fazer. É sem dúvida, o novo point da zona sul e parada obrigatória para quem tem bom gosto!

Gran Meliá Nacional Rio

Av. Niemeyer, 769 – São Conrado

Rio de Janeiro – RJ

Reservas: 0800-591-3008

https://www.melia.com/pt/hoteis/brasil/rio-de-janeiro/home.htm

Sobre o autor

Jornalista, formado pelo Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro - RJ. Produtor Cultural e Produtor de Conteúdo Digital. Idealizador dos projetos Caminhos da Floresta, Amazônia Fashion Weekend e Piracaia Festival. Autor do blog de turismo e viagens www.diariodofb.com. Diretor dos documentários O que é Sairé? (2021) e Trap: O som da juventude (2021) - produzido, gravado e editado em um smartphone.

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