Conhecer Manaus (AM) foi uma viagem histórica e de contato próximo com a natureza. Em todos os sites e blogs que li, havia sempre a dica de fazer um river tour, conhecendo o Rio Negro e suas belezas. Portanto, no meu segundo dia na capital do Amazonas, essa foi a programação. A convite do Leonardo Mendes, da Amazing Tours Agency, fui viver a experiência de visitar o Encontro das Águas, os botos e uma comunidade indígena.

Dica do FB: Reserve um dia para este passeio. É imperdível!

Partimos do Porto de Manaus na lancha Águia Dourada VI. Há sempre um guia que nos apresenta as curiosidades durante o passeio, uma verdadeira aula sobre as peculiaridades da região amazônica. Seguimos navegando até o encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Por morar em Santarém (PA) onde também existe este fenômeno natural, a expectativa era menor do que a dos demais visitantes. Mas confesso que fiquei impressionado com a beleza deste “encontro”. É sem dúvida, a maior referência de espetáculo natural do Amazonas! Contemple, viva a experiência e tire muitas fotos!

Encontro das águas: Rio Negro e Rio Solimões

Seguindo viagem, retornamos ao Rio Negro e paramos em um flutuante, na Comunidade de Catalão. São cerca de 100 casas, todas sobre a água, construídas para se adequar a cheia e vazante do rio. Aqui encontramos uma criação de Pirarucu, o peixe gigante da Amazônia. Por R$ 2 você compra ração e joga nos tanques para ver os bichinhos pulando. Há um tanque maior, este com o peixe adulto, com R$ 5 você tem acesso a esta área.

Flutuante com pinturas regionais na Comunidade de Catalão

Dica do FB: O Flutuante é excelente para fotos, pois tem pinturas regionais nas paredes de madeira.

Entramos em um braço do rio e seguimos até o Restaurante Flutuante Rainha da Selva. O almoço já estava sendo preparado, mas a grande atração é uma passarela de madeira que dá acesso a um lago cheio de vitórias-régias.

No caminho, é fácil encontrar dezenas de macaquinhos. Isso é um máximo!

Selfie com o Macaco-de-cheiro

Dica do FB: Não alimente os macacos! E mais, eles podem pegar objetos que estejam em suas mãos, portanto fique de olho (é sério!).

Voltamos ao restaurante e nos deliciamos com os quitutes regionais no buffet livre que já está incluído no passeio. Não deixe de experimentar o refrigerante Baré, um produto típico da região com sabor de guaraná!

Após o almoço, a lancha seguiu navegando e o destino foi o que considero a grande atração do passeio, nadar com os botos. Na viagem passamos debaixo da monumental Ponte Jornalista Phelippe Daou, popularmente conhecida como Ponte Rio Negro. É absurdamente impressionante. O valor da obra também, R$ 1 bilhão! Considerada a maior ponte estaiada (com 400 metros de trecho suspensos por cabos e 3.595 metros de comprimento) do Brasil em águas fluviais e a segunda no mundo, ficando atrás apenas da ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela.

Ponte bilionária de Manaus

Números do projeto:

• Comprimento total da ponte – 3.595 m;
• Número de vãos – 73;
• Extensão do trecho estaiado – 400,0 m;
• Extensão do vão central – 2 x 200,0 m;
• Largura do trecho corrente – 20,70 m;
• Largura da seção estaiada – 22,60 m;
• Altura do vão central – 55 m;
• Altura do mastro central – 162 m;
• Número total de estais – 56 m;
• Total de vigas pré-moldadas – 213;
• Número total de estacas escavada – 246;
• Volume de concreto por estaca: variável de 120 m³ a 415 m³.
• Concreto Estrutural (m³) – 161.710 – equivalente a 25 prédios de 20 andares;
• Aço CA-50 (toneladas) – 21.500
• Aço CP-190 RB (toneladas) – 1.270;
• Cimento – 1.600.000 sacos de cimento;
• Vigas Pré-moldadas 45 metros (peças) – 213;
• Pilares /apoios (unidades) – 74;

Fonte: Último Segundo – iG

O momento mais aguardado chegou. A lancha atracou em um flutuante e fomos apresentados à equipe de instrutores que são os próprios moradores das comunidades do entorno. Recebemos as orientações, colocamos o colete salva-vidas e entramos na água. Estava ansioso, então fui logo o primeiro!

São formados grupos de até 10 pessoas para esta experiência. O guia atrai o boto com peixes e batendo na água. Eles surgem entre nós, passando por debaixo das nossas pernas e pulando bem do lado. Nossa! Não consigo descrever isto! A sensação é de total sintonia! Só consegui rir e ficar olhando aquela cena com total admiração!

Foi emocionante!

Dica do FB: Embora os botos sejam animais dóceis, nunca se sabe qual será a reação deles, portanto não tente tocar no animal, não o alimente sem auxilio do instrutor e nem fale alto ou grite!

Para encerrar este dia de aventura fomos conhecer a comunidade indígena Dessana Tukana, localizada na Reserva de São João do Tupé, distante 25 km de Manaus. Desembarcamos em um porto improvisado de madeira e fomos conduzidos até uma grande oca. Sentamos nos banquinhos e assistimos a três apresentações de música e dança. Na última, todos são convidados a participar do ritual e a interação é super divertida!

Com uma pequena moradora da Dessana Tukana

Na área externa ainda há uma experiência gastronômica típica dos povos da floresta, com formiga frita e peixe assado no cardápio. Que tal?!

Vai uma formiga assada aí?!

A comunidade Dessana Tukana tem cerca de 40 habitantes, originalmente da fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela. São extremamente receptivos e conservam os costumes, cultura e tradições. Uma experiência rica para todo visitante!

Foi uma experiência incrível!

Amazing Tours Agency

Site em inglês: www.amazingtours.com.br

Site em português: www.manausjungletours.com

Email: leonardo@amazingtours.com.br

Telefone: (92) 99186-7133 (24h) / (92) 4101-9081

Skype: leonardodelimamendes

 

Sobre o autor

Jornalista, formado pelo Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro - RJ. Produtor Cultural e Produtor de Conteúdo Digital. Idealizador dos projetos Caminhos da Floresta, Amazônia Fashion Weekend e Piracaia Festival. Autor do blog de turismo e viagens www.diariodofb.com. Diretor dos documentários O que é Sairé? (2021) e Trap: O som da juventude (2021) - produzido, gravado e editado em um smartphone.

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