Na vida tecemos sonhos, entrelaçados com as esperanças da inocência infantil. Somos como pétalas no jardim do tempo, desdobrando-nos em amores e aprendizados, colhendo as doces e amargas lições de existir.
Na juventude, somos poetas com versos escritos em risos e lágrimas. Amores florescem, promessas nos parecem contratos e cada desafio é uma oportunidade de aprender a dança intricada do amor-próprio.
Mas, como o sol que se põe, a maturidade se insinua. E nossos sentimentos amadurecem como vinhos raros. As lágrimas, antes salgadas de desilusão, transformam-se em gotas de sabedoria. Crescer é como uma sinfonia, cada nota uma lição, cada acorde uma experiência. E à medida que o tempo avança, entendemos que as cicatrizes são marcas d’alma, testemunhas silenciosas de batalhas vencidas e da nossa força interior.
Somos como pintores, misturando cores vibrantes da alegria e tons profundos da tristeza. Criamos assim, uma obra-prima sempre personalizada. Crescer é abraçar a liberdade de escolher os caminhos de nossas vidas. É encontrar beleza na simplicidade do dia a dia, nas pequenas alegrias que sussurram como brisas suaves nos momentos mais inusitados. É compreender que, mesmo nas noites mais escuras, as estrelas ainda estão ali, brilhando no céu.
Essa vida, com suas curvas e encruzilhadas, é a fonte da autodescoberta, um livro de amores e aprendizados. E, no palco da existência, somos os protagonistas, interpretando em atos a história única que é sermos nós mesmos.
Fábio Barbosa
Em 13 de novembro de 2023